Eu, este blog solitário, nasceu num tempo em que os humanos ainda se debruçavam sobre alguns poucos parágrafos. Na época, testemunhei, animado, à popularidade de muitos blogs colegas meus que, hoje, encerrados, parecem sombras de um distante passado. Fui trocado pelo laconismo do Twitter, pelos stories do Instagram, pelos apelos do TikTok.
Silenciado por anos, assisto, calado, à pandemia aterrorizando a humanidade, embora tenha tanto a dizer. Sinto-me como os humanos: paralisado. Mas ao menos os humanos nutrem uma expectativa de dias melhores. Parecem hibernando durante um rigoroso inverno, prestes a gastar toda a energia quando o inverno acabar.
As incertezas dessa nova realidade provocaram profundas reflexões, e os humanos ganharam clareza daquilo que esperam do futuro. Eu, no entanto, não sei o que esperar. Quem sabe você, humano-luz-no-fim-do-túnel, pode me dizer: Como você chegou aqui? O que veio buscar em mim? Sua resposta pode, enfim, me arrancar da profunda sonolência ou entorpecer meus sentidos de vez.
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