não para os esportistas.
Bicicletas alugadas
zanzam
em não sei quantas voltas
desvairadas.
Os pedalinhos se julgam
os senhores da lagoa
até surgir uma canoa
e lhes roubar o lugar.
A árvore-balanço
observa o menino suspenso.
E o cão, logo embaixo,
pensando que é alpinista,
tenta vencer a árvore.
Frustrado, faz as pazes
com o chão.
A menina aponta
o coco gelado,
o milho cozido,
o amendoim açucarado.
A mãe, com toda a paciência,
explica a diferença
entre carrinho de pipoca
e merendeira.
A moça de preto contabiliza
um sem fim de passos.
Mal come,
apenas bebe — só água.
A academia,
a dieta
e a balança
governam seus dias.
Não há trégua.
Vai ao seu lado,
igualmente cansado,
o cachorro da moda
de ontem à tarde.
Domingo, dia de descanso.
É preguiçoso o acordar
e demorado o café.
De tão atrasado o almoço,
por um triz, desavisado,
não esbarra no jantar.
Link para essa postagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário