Link para essa postagem
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Coisas
Link para essa postagem
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Conhecimento
Link para essa postagem
domingo, 17 de novembro de 2013
Vida moderna
Link para essa postagem
sábado, 16 de novembro de 2013
Perda
Partira um parente próximo.
Perderam-se o apetite, a possibilidade, a perspectiva.
Passaram-se primaveras.
Espaçou-se o pranto.
Perdura a provação.
A perda não passa.
A perda é um perene aperto no peito.
Link para essa postagem
domingo, 10 de novembro de 2013
Frase sobre frases
Link para essa postagem
domingo, 27 de outubro de 2013
Minha relação com o blog
Link para essa postagem
domingo, 20 de outubro de 2013
Insônia
Link para essa postagem
domingo, 29 de setembro de 2013
Silêncio
Link para essa postagem
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Fuga
Link para essa postagem
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Segunda-feira
Link para essa postagem
domingo, 22 de setembro de 2013
Definição de choro
Link para essa postagem
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Semelhança
Link para essa postagem
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Ditados
Link para essa postagem
domingo, 15 de setembro de 2013
Felicidade
Link para essa postagem
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Amadurecimento
Link para essa postagem
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Paciência
Link para essa postagem
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Frase
Link para essa postagem
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Sem préstimo
numa folha
trancada numa gaveta.
Um escritor que não escreve
para um leitor que não lê.
Link para essa postagem
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Olhando para dentro
Link para essa postagem
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Inspiração
e Chico e Gil caetaneando,
eu inspiro versos,
mas não entoo nem gorjeio,
simplesmente expiro.
Link para essa postagem
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Gente
nariz comprido,
ombros caídos,
testa grande,
bochechas cavadas,
cabelos em desalinho,
saboneteiras protuberantes,
umbigo engraçado,
barriga proeminente,
seios desnutridos.
O que é isso, mulher?
Isso é gente.
O resto
é exceção,
montagem,
cirurgia
ou maquiagem.
Link para essa postagem
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O telefone
o telefone
ao lado do sofá
ou na mesa de cabeceira
um adereço
Hoje
o telefone
na mesa de jantar
na pia do banheiro
na frente da gente
na frente dos outros
em todo lugar
na frente de tudo
Link para essa postagem
quinta-feira, 20 de junho de 2013
O tamanho de cada um
Link para essa postagem
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Manual
— É um texto com um monte de explicações, meu filho.
— E pra que serve?
— Para as pessoas entenderem como uma coisa funciona.
— E elas entendem tudo quando terminam de ler o manual, mãe?
— A maioria não entende tudo porque não lê até o final, filho.
— E tem manual para entender como uma pessoa funciona?
— Depende de qual parte. Por exemplo, se for para entender a mente da pessoa, o manual chama-se psicologia; se for para entender o corpo, chama-se anatomia.
— Tem manual para entender o que uma pessoa sente, mamãe?
— Ah, tem tantos tipos e tanta gente tentando escrever manual sobre o que sente...
— E você tem um favorito?
— Tenho, meu filho. É o que chamam de blog.
Link para essa postagem
terça-feira, 18 de junho de 2013
Vem pra rua
Link para essa postagem
Silêncio
Link para essa postagem
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Revelação
Link para essa postagem
quarta-feira, 29 de maio de 2013
O mundo dos vivos - para minha mãe
o desprezo, a ingratidão, a indiferença.
Entre todas as dores,
a única incurável mesmo, minha mãe,
é essa condenação à sua eterna ausência.
Link para essa postagem
terça-feira, 28 de maio de 2013
Instinto de proteção
namora
para se proteger da solidão;
procria
para se proteger do esquecimento;
sonha
para se proteger da realidade;
mente
para se proteger da verdade;
finge
para se proteger de si mesmo.
Link para essa postagem
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Segunda-feira
Link para essa postagem
Evolução
Link para essa postagem
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Contestável
apenas acende
o incontestável
direito de contestar.
Link para essa postagem
sexta-feira, 10 de maio de 2013
As duas verdades
uma é melodiosa,
límpida,
sedosa;
a outra é estridente,
áspera
e escura.
Link para essa postagem
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Passado
Link para essa postagem
domingo, 28 de abril de 2013
Adjetivando
ingênuos, espontâneos,
surpreendentes, inquietos,
ansiosos, otimistas:
adjetivos de nós mesmos.
Link para essa postagem
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Demora
Veja bem, demora tem limite.
Se não tiver hora marcada
para acabar essa demora,
talvez eu mude de ideia.
Link para essa postagem
terça-feira, 23 de abril de 2013
A locomotiva, a britadeira e o medo
massa metálica pesada,
dinâmica,
agigantando-se
diante de mim.
Britadeira:
massa sonora pesada,
dinâmica,
agigantando-se
diante de mim.
Medo:
massa emocional pesada,
dinâmica,
agigantando-se
dentro de mim.
Link para essa postagem
domingo, 21 de abril de 2013
Pedra bruta
é semelhante à ourivesaria:
o material chega às suas mãos como prosa,
elas o entregam como poesia.
Link para essa postagem
sábado, 20 de abril de 2013
Meus avós
Minha avó me instruía, entre camadas de rouge e borrifos de laquê, a pedir por obséquio, a não ser potoqueira e a usar a latrina.
Foi com meus avós que aprendi tudo isso quando era menina. Meus avós, que não estão mais aqui, continuam em mim em tudo o que aprendi.
Link para essa postagem
terça-feira, 16 de abril de 2013
Cara pintada
Link para essa postagem
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Internet
Pensamento de quem está tendo crise de abstinência de internet: Quando a internet sai pela porta, a vida fica em suspenso; só entra pela janela quando o www aparece.
Link para essa postagem
domingo, 14 de abril de 2013
Domingo
A igreja cheia
A garagem cheia
A caixa de e-mails vazia
A casa vazia
A casa cheia
de um silêncio vazio
Link para essa postagem
Domingo e a escrita
Link para essa postagem
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Monossílabos
Link para essa postagem
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Como nascem os poemas - parte I
como um espasmo.
Involuntários
como um bocejo,
um espirro.
Poemas
são um piscar de olhos.
Link para essa postagem
terça-feira, 2 de abril de 2013
Lareira
O tronco que desaba
Paus de madeira
no pé da lareira
fazendo sala
enquanto seu fogo não vem
A lenha desfazendo-se em brasa
A lenha
desfaz
end
o
Brasa
que a fumaça cobriu
e o vento engoliu
Link para essa postagem
sexta-feira, 29 de março de 2013
Calcule sua pegada ecológica
Calcule sua pegada ecológica aqui
Link para essa postagem
quinta-feira, 28 de março de 2013
Pessoas
Link para essa postagem
segunda-feira, 25 de março de 2013
Mínimo do mínimo
Link para essa postagem
sábado, 23 de março de 2013
Inevitabilidade
Ainda não plantou uma árvore
nem escreveu um livro
nem teve filhos.
Apesar disso,
se Antônia sucumbir,
conforme-se.
Não havia nada
que você pudesse fazer.
Link para essa postagem
sexta-feira, 22 de março de 2013
Contrassenso
— que ninguém abre.
Anita comeu macarrão com salsicha
e publicou no Twitter.
Isso todo mundo sabe.
Link para essa postagem
quinta-feira, 21 de março de 2013
Insanidade
faz a ponta do lápis no papel,
arrastando o verso desengonçado.
Meu Deus, ela confessou ainda usar lápis.
Insana!
É como usar máquina de escrever
na era da computação.
O lápis bambeia sobre a linha obstinado.
Risc, risc, risc,
segue o lápis empretecendo uma parte
do branco entre as linhas.
Meu Deus, ela ousa rabiscar alguma coisa
depois de ler Drummond.
Insana!
A culpa é do lápis e da mão.
Desgovernados, perderam a medida e a noção.
A solução? Desfazer o malfeito.
Ei, você não me arruma uma borracha, não?
E a borracha,
desarvorada no cumprimento de sua missão,
cega o lápis,
esse demente.
E a mão?
A mão continua solta.
Avisem a todos que encontrarem
que ela pode atacar novamente.
Link para essa postagem
Ócio
só existe no dicionário.
Na vida real
existe o computador.
Entre o relógio de ponto e o happy hour,
entre gravatas e tailleurs,
o tempo não ocioso se gasta
curtindo no Facebook,
seguindo no Twitter,
maldizendo a banda supostamente larga
e lamentando a extinção
do tempo ocioso.
Link para essa postagem
Golpe
golpeou a segurança.
Jazem no local
os restos mortais
da onipotência americana.
Link para essa postagem
O progresso
cimentou a cobra
e asfixiou o pau.
Link para essa postagem
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Reportagem - Guerra e paz na favela olímpica
Link para essa postagem
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
A Cidade do Samba - Vídeo de Jarbas Agnelli
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Um medo
Link para essa postagem
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Segunda mão
Lembro os tempos da faculdade de decoração em que os olhinhos dos alunos faiscavam quando viam peças de design nos livros, nas revistas, nas mostras de decoração. A gente visitava quase todas, e não era raro encontrar a mesma cadeira famosa em dois ou três ambientes diferentes na mesma mostra. Todas sempre luzindo, comentadas, caras e cobiçadas. E, basicamente, os olhares se voltavam para designers consagrados cujas peças há décadas estavam sob os holofotes e, em menor proporção — bem menor — para os novos designers e seus lançamentos. Peças há tempos catalogadas, encerradas em suas medidas exatas. Durante os projetos, criando ambientes com essas peças, eu sentia falta de me expressar também na criação delas.
Foi passeando pela Feira do Troca da Praça XV que comecei a desenvolver a capacidade de enxergar em objetos de segunda mão lindas peças novas — e únicas. Era o usado tendo chance continuar se expressando, encantando, inovando.
E, nesses tempos em que nos preocupamos em reciclar tudo o que é possível, mais e mais olhos vão conseguindo enxergar o encantamento de dar vida nova ao que alguém descartou.
Foi com base nesse novo olhar que, no meu projeto final, um atabaque virou luminária, um carretel de cabo virou mesa, e outras coisas menores viraram peças de algum outro objeto — tímido, desconfiado de seu futuro, inseguro quanto à sua aceitação num mundo onde as pessoas ainda estão aprendendo a olhar com aprovação objetos de segunda mão.
Quando, enfim, um olhar se deixa seduzir pelo objeto transformado, o designer sente que cumpriu algumas de suas funções: ser criativo, enxergar além das coisas, dar vida nova aos objetos, contribuir para a preservação do meio ambiente, transformar olhares, surpreender, superar-se.
Frequentemente, a transformação é motivada pela admiração. Para aprender a reciclar, é preciso reciclar-se primeiro. Muitos há tempos já se esforçam para tornar o meu e o seu mundo mais aprazível. Nossos aplausos ao poder de transformação de quem muitas vezes faz do que é de segunda mão a primeira opção.
Link para essa postagem
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Resoluções de Ano Novo — Outra Vez
Mais um ano tinindo de novo nos recebe, e a gente faz um monte de planos outra vez. E, na lista de novos planos, logo percebe que alguns não são novos: são do ano passado, retrasado, ou ainda mais velhos.
Velhas promessas não cumpridas. Velhas promessas retomadas. Algumas velhas promessas simplesmente abandonadas. Novas ou velhas, as promessas persistem. Mas será que, diante da constatação que a maioria das promessas fica só no papel, será que ainda vale a pena prometer?
Bem, o que sempre vale a pena é ter metas. Esse é o motivo da promessa: querer dar um passo adiante. Então, talvez valha a pena ser mais específico. E talvez também valha a pena ter apenas um alvo. Isso quer dizer que, se você colocar como meta parar de fumar, aprender inglês, entrar na academia, e quiser tudo isso para amanhã, tem grandes chances de fracassar.
Que tal eleger uma prioridade? Se todas as suas energias estiverem direcionadas para ela, talvez você consiga ir mais longe do que se despender uma quantidade de energia enorme para várias tarefas ao mesmo tempo.
Se eu quero aprender a cozinhar, tocar violão e fotografar esse ano, provavelmente o tempo dedicado a cada uma dessas atividades será menor que o desejado para um bom resultado no fim do ano. O quão bem eu quero estar cozinhando, tocando ou fotografando quando 2013 terminar? Se eu encasquetar que vou levar adiante as 3, será que elas ficarão bem feitas?
Um aprimoramento consistente é um dos melhores motivadores. Não será melhor cozinhar OU tocar OU fotografar BEM do que ter se dedicado a todas superficialmente? Se a resposta for sim, vamos à dúvida final: mas QUAL, se eu gosto de todas?
Bem, aí é apelar para o coração. Ele é mestre em determinar prioridades. De repente você vai se pegar realizando uma delas sempre em primeiro lugar, ou uma sempre com mais frequência do que as outras. Como costumo dizer, nós sempre temos tempo para as nossas prioridades. Se não temos tempo, é porque não é prioridade.
Link para essa postagem