domingo, 18 de março de 2012

O dia seguinte

        Copos com um dedinho de água na mesinha de centro; guardanapos sobre os pratos com farelo de rosca de chocolate que uma amiga gentilíssima trouxe de presente para o lanche; no braço do sofá, o folder de uma peça que um amigo recomendou; DVD que a outra amiga deixou para aquela horinha de folga disputando espaço com os vidrinhos de óleos essenciais. Recordações de uma noite boa, entre curtas, risadas e projetos de futuros passeios. Objetos espalhados de uma casa de verdade, com vida, pulsante, dinâmica, que tem história para contar. Visão que faz sorrir. Vontade de repetir.
        Na casa da capa de revista é proibido se esparramar no sofá, tirar as almofadas do lugar, desfazer os rolinhos de toalhas meticulosamente arrumados no banheiro, fazer guerra de travesseiro, correr e pular. A casa da capa de revista é linda, mas assim, sem um alfinete fora do lugar para manter o clima impecável para a foto, não tem alma. Porque vida de verdade é bagunçada, atropelada, imperfeita, ruidosa e linda, como essa visão do dia seguinte.



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4 comentários:

  1. morei dois anos sozinho em um apartamento que antes estava fechado... e eu nao gostava muito de ficar nele pois ele parecia um apartamento fantasma, nao tinha historias boas como as que criamos ontem... nao tinha amigos pra bagunçar o "arrumado"... alias o arrumado nem fazia sentido já que nao tinha quem bagunçar... receber os amigos em casa é definitivamente tudo de bom... ;o))) historias boas que ficam pra sempre... ;o)

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  2. Capa de revista parece cenário de novela - parece que ninguém mora lá!
    prazer em conhecer e seguir! bjs Mariana

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  3. Seja bem-vinda, Mariana. Sinta-se em casa nesse cantinho de todos nós.
    Um abraço,
    Adriana

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  4. Adorei! Principalmente quando vc diz que a casa de capa de revista é tao organizada que parece que nao tem alma.
    Um beijo enorme, Tati.

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