Ao contrário de muita gente, não acho domingo um dia chato, morno nem deprimente. Domingo para mim é o dia mais especial da semana. Não sei se é o meu favorito, mas tenho que reconhecer que é um dia que não se parece em nada com nenhum outro.
Começando pelo óbvio: para muitos, é o único dia de descanso da semana. Para católicos, é dia de ir à missa. Para leitores de jornais, é o dia de leitura mais farta. Para as crianças, é dia de brincar na pracinha. Para muitos casais, é dia de ficar junto. Para as famílias, é dia de almoçar na casa da mãe, avó, sogra, tia. Para muitos amigos meus, é dia de ir ao cinema.
Para quem quer um descanso da cozinha, é o dia de almoçar fora. Para quem aproveita para se organizar, é o dia de colocar em dia os telefonemas para a família e fazer faxina na caixa de e-mails. Para quem quer desacelerar, é dia de acordar mais tarde, tomar café da manhã sem pressa, caminhar em locais com bastante verde, ir à praia. Para quem tem casa de veraneio, é dia de deitar na rede, pisar na grama, reparar nas formas que vão tomando as nuvens no céu.
Para mim, é o dia mais silencioso da semana. Calam-se as britadeiras, os ambulantes, as buzinas para chegar a tempo no trabalho, os ônibus escolares. E o silêncio é cortado poucas vezes pelos risos de crianças jogando bola no playground, pelo barulho dos talheres do almoço com a família reunida no apartamento ao lado.
Domingo é dia de refazer as energias para a nova semana. De planejar o futuro bem próximo, o distante e o nem tão distante assim. É dia dos hobbies, do lazer, do descanso, da contemplação, da união. É o dia em que o mundo para para reunir energia para mover o mundo na semana seguinte.
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