Tão tradicionais quanto usar roupa branca na passagem do ano, ir à praia oferecer flores a Yemanjá e lançar mão de tudo o que se ouviu dizer que pode dar sorte no ano que chega são as resoluções de ano novo.
Essa divisão do tempo em dias, meses e anos sempre foi usada para nos dar novo fôlego e alimentar nossas esperanças quanto ao futuro: amanhã eu começo a dieta, mês que vem eu me matriculo no curso de inglês, ano que vem eu consigo fazer aquela tão sonhada viagem... E, assim, vamos dividindo nossos sonhos e metas pelo calendário.
Quantas resoluções de ano novo são anotadas e quantas realmente se concretizam?
A tentativa de atrelar nossos desejos de realização pessoal ao relógio pode ser uma grande armadilha em vez de um auxílio disciplinar. O tempo do calendário independe do nosso tempo de vida, sonhos e expectativas. O tempo do calendário nos ignorará solenemente para o resto da vida. O tempo do calendário desconhece o tempo que mais nos importa: o tempo interno.
Vincular nossas realizações ao tempo do calendário muitas vezes implica em desconsiderar nosso tempo interno. E o tempo certo é quando o tempo das coisas e o nosso tempo interno se encontram.
Criar mil listas de livros, filmes, cursos e atividades a cumprir e chegar ao fim do ano com todos os checkboxes marcados pode significar persistência e disciplina, mas é preciso tomar cuidado para que isso não seja resultado de inflexibilidade, para que não acarrete em pouco tempo para reflexão, poucos momentos contemplativos, pouco espaço para deixar-se levar pela vida, para ser arrebatado pelo novo, inesperado e inusitado. Se o seu calendário de ano novo estiver completamente preenchido, seu ano não terá espaço suficiente para ser tão novo assim.
Essa divisão do tempo em dias, meses e anos sempre foi usada para nos dar novo fôlego e alimentar nossas esperanças quanto ao futuro: amanhã eu começo a dieta, mês que vem eu me matriculo no curso de inglês, ano que vem eu consigo fazer aquela tão sonhada viagem... E, assim, vamos dividindo nossos sonhos e metas pelo calendário.
Quantas resoluções de ano novo são anotadas e quantas realmente se concretizam?
A tentativa de atrelar nossos desejos de realização pessoal ao relógio pode ser uma grande armadilha em vez de um auxílio disciplinar. O tempo do calendário independe do nosso tempo de vida, sonhos e expectativas. O tempo do calendário nos ignorará solenemente para o resto da vida. O tempo do calendário desconhece o tempo que mais nos importa: o tempo interno.
Vincular nossas realizações ao tempo do calendário muitas vezes implica em desconsiderar nosso tempo interno. E o tempo certo é quando o tempo das coisas e o nosso tempo interno se encontram.
Criar mil listas de livros, filmes, cursos e atividades a cumprir e chegar ao fim do ano com todos os checkboxes marcados pode significar persistência e disciplina, mas é preciso tomar cuidado para que isso não seja resultado de inflexibilidade, para que não acarrete em pouco tempo para reflexão, poucos momentos contemplativos, pouco espaço para deixar-se levar pela vida, para ser arrebatado pelo novo, inesperado e inusitado. Se o seu calendário de ano novo estiver completamente preenchido, seu ano não terá espaço suficiente para ser tão novo assim.
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Perfeito, Adriana. No fim das contas, toda dia novo que amanhece é dia de réveillon. :) Um beijo!
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